"Eu nasci em um lar cristão, este ai é um dado sobre mim que tenho ojeriza de informá-lo, pois não faz de mim mais especial que ninguém. Entretanto não é o que acreditei por muito tempo.
Por causa da minha dedicação e “santidade”, logo muito nova, fui escolhida para liderar um grupo de dança de 16 meninas, e se ele existe ate hoje é pela graça e misericórdia de nosso bondoso Pai, eu era “autoritária” e sempre repreendia de maneira erronia aquele que sua diferença me ofendia.

Uma vez uma amiga e eu, chegamos a uma companheira de ministério, que estava na ocasião com um batom escuro (não lembro a cor), para aconselhá-la que aquele tom não seria o mais adequado e a persuadi com a justificativa de que me importava com sua “reputação”. Nem eu mesma imaginava que estava sendo legalista, ou como Caetano Veloso diria, “é que narciso acha feio o que não é espelho”.

Anos mais tarde, com a mente mais aberta e orientada pelo Espírito Santo, humildemente pedi perdão a essa minha irmã e, fui perdoada, ela desabafou o que havia sentido naquele dia, a vergonha veio ao meu coração, o rombo foi maior que imaginava, pois essa foi uma das ações ridículas que tive com ela e com outras pessoas."